Favela.doc, série documental da diretora baiana Viviane Ferreira, inicia gravações de sua primeira temporada

foto colorida em ambiente externo de mulher negra, com dreads azuis e raiz escura. veste blusa branca e colocar de miçangas vermelhas. está parada com a mão na boca. olha algo que está sendo filmado com câmeras.

Coprodução Distrito Federal/Bahia apresenta uma radiografia da música de favela brasileira através de personagens fundamentais para o funk, trap, samba, grime/drill, tecnobrega, bregafunk, R&B e o pagode baiano

 Com episódios filmados de março a abril, primeira temporada percorre favelas do Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Pará

Diretora Viviane Ferreira tem no currículo obras de destaque como Um dia com Jerusa, disponível no Netflix, e Ó Paí Ó 2, disponível no Amazon Prime

 

Com lançamento previsto para 2025, a série documental em oito episódios Favela.doc inicia sua maratona de gravações dia 18 de março, percorrendo seis capitais brasileiras até 29 de abril. Coprodução entre a agência Um Nome, realizadora do festival Favela Sounds, e a Odun Filmes, responsável por obras como Um dia com Jerusa e Mato Adentro, a série conta com oito episódios gravados em 4K entre Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará, São Paulo e Distrito Federal em sua primeira temporada.

A escolha dos estados não foi aleatória, mas sim estratégica para capturar a diversidade cultural e as nuances específicas de cada região. Do Planalto Central à Amazônia paraense, das favelas cariocas e paulistas às periferias baianas e pernambucanas, a série tem como pano de fundo a criatividade e efervescência do funk, trap, samba, grime/drill, tecnobrega, bregafunk, R&B e pagode baiano, e propõe uma radiografia da música periférica brasileira. Na linha de frente dos episódios estão personagens fundamentais dos estilos retratados: figuras cujas histórias destacam o protagonismo das favelas na construção da identidade nacional e na inovação da música brasileira.

Viviane Ferreira, cineasta baiana cujo último lançamento nos cinemas foi Ó Paí Ó 2, em novembro de 2023, assina a direção e roteiro da obra; Melina Bomfim, responsável pelo LAB Narrativas Negras, é responsável pela co-direção e assistência de direção; e os argumentos e produção executiva são dos criadores do festival Favela Sounds, Amanda Bittar e Guilherme Tavares. Fundado em 2016 e considerado um dos mais relevantes para a música do Brasil atualmente, FS é um evento gratuito que acontece na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e reúne cerca de 50 mil pessoas anualmente para acompanhar a nova música periférica do Brasil.

O Favela Sounds foi palco para dois episódios do DF em 2023, tendo o samba representado pelos Filhos de Dona Maria e o R&B pelo duo Margaridas. Entre março e abril de 2024, as gravações se iniciam no Nordeste de Amaralina, favela de Salvador, apresentando o coletivo TrapFunk&Alívio, grupo que mescla som do baile funk à tradição do pagodão baiano. De Amaralina para a Zona Oeste do Rio de Janeiro, a produção acompanha a história de uma das precursoras do funk carioca, Deize Tigrona, na Cidade de Deus, onde também nasceu o estilo que ganhou o mundo. Ainda no Rio, Favela.doc roda um episódio entre Cidade Alta, Taquara e Manguinhos, de onde vem a Nina do Porte, ou simplesmente N.I.N.A., um dos maiores expoentes nacionais do grime e do drill.

Em São Paulo, a Baixada Santista é o pano de fundo para narrar o percurso trilhado até aqui pelo DJ Mu540 (Muzão), produtor da Praia Grande que se tornou um dos nomes mais conhecidos atualmente quando o assunto é trap e funk paulistas. Em Belém, as gravações mergulham nos bastidores do baile de tecnobrega a partir da história do Maderito, um dos vocalistas da Gang do Eletro e unanimidade nas festas de Aparelhagem. Finalmente em Salgadinho, periferia de Olinda, o bregafunk é apresentado por uma de suas mais ativas cantoras, Rayssa Dias.

Além de se aproximar do campo íntimo destes personagens, entrevistando suas referências e parceiros, e registrar seus cenários afetivos, de criação e de trabalho, Favela.doc reflete também sobre a potência econômica dos estilos musicais periféricos, retratando como esta música injeta renda e gera emprego nos territórios por ela mais impactados. A série é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, e tem equipe complementada pela direção de produção de Carol Lacombe, direção de fotografia de Flávio Rebouças, som de Marise Urbano, direção de arte de Amanda Lima, segunda câmera de Paula Ortiz e logging de Ada Regina e Aleph Pereira.

 

FAVELA SOUNDS 

Premiado quatro vezes como Melhor Festival brasileiro pelo Prêmio Profissionais da Música, Favela Sounds leva em torno de 50 mil pessoas às suas atividades gratuitas todos os anos. Fundado em 2016, o evento conecta talentos da música periférica em um território pouco frequentado pelas favelas: a Esplanada dos Ministérios. Grandes talentos periféricos de Norte a Sul dividem o palco com talentos da música africana e de sua diáspora há sete edições e o festival provê, também, transporte para ir e voltar da região central da cidade para as periferias mais vulneráveis do DF.

Favela Sounds desdobrou-se em plataforma de conteúdos após a pandemia, lançando também o Favela Talks, conferência para acelerar negócios criativos de periferias, o Mapa da Criatividade Periférica do Brasil, para conectar talentos criativos de favela a potenciais contratantes, e a série Favela.doc. Todos os personagens elencados para a primeira temporada já se apresentaram no Favela Sounds. Em Novembro de 2023, Favela Sounds ganhou programa especial no Globoplay e na TV Globo para celebrar seus sete anos de história.

 

SERVIÇO – PRIMEIRA TEMPORADA DA SÉRIE FAVELA.DOC INICIA JORNADA DE GRAVAÇÕES PELO BRASIL

Quando: 18 de março a 29 de abril de 2024

Onde: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará e Pernambuco

Direção: Viviane Ferreira

Assistência de Direção e Codireção: Melina Bomfim

Produção Executiva e Argumentos: Guilherme Tavares e Amanda Bittar – Agência Um Nome e Favela Sounds

Direção de Produção: Carol Lacombe

Direção de Fotografia: Flávio Rebouças

Som: Marise Urbano

Direção de Arte: Amanda Lima

Assistente de Câmera e Segunda Câmera: Paula Ortiz
Loggers: Ada Regina e Aleph Pereira.